Ao longo do ano letivo de 2014, cerca de 1.500 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio puderam participar do projeto piloto de aplicação do Reforço Escolar de forma contínua no Colégio Pedro II. O projeto busca adequar o Colégio à exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que institui a obrigatoriedade de estudos de recuperação, paralelos ao ano letivo, para casos de baixo rendimento escolar. O objetivo é, até 2018, proporcionar a todas as turmas do 6º ano à 2ª série do Ensino Médio aulas de reforço, em diversas disciplinas.

Com uma visão ampliada do processo de aprendizagem, o projeto não se limita a aulas de recuperação presenciais. “Não basta ter reforço escolar na sala de aula. Se a sala continuar a mesma, não vai mudar muita coisa. Vamos ter o reforço sempre para tirar dúvidas, quando o ideal é que o professor melhore sua metodologia e procure novas formas de atingir o aluno e sanar sua dificuldade. Assim, cada vez menos teremos alunos em recuperação. Essa é a ideia”, defende a professora Maria de Lourdes Jeanrenaud, diretora de Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Médio, responsável pela coordenação do projeto.

Segundo a diretora, a ação está estruturada em três vertentes. A primeira delas visa assegurar as aulas presenciais. Neste ano, alunos do 6º ano tiveram aulas de reforço de Matemática e Língua Portuguesa, já os da 1ª série, de Matemática, Língua Portuguesa, Física, Química e Biologia. As aulas foram oferecidas semanal (na maior parte dos campi) e quinzenalmente, com dois tempos por turma, no contra turno.

Todos os alunos interessados podem aderir às aulas de reforço porém, dependendo do rendimento escolar, alguns alunos são indicados a participar. “No primeiro trimestre indicamos os alunos repetentes ou que tenham sido aprovados em COC. De acordo com o resultado da 1ª Certificação, os alunos que tiverem uma média abaixo de 5,0 também são automaticamente indicados para o reforço e assim por diante”, explica Jeanrenaud.

Os outros dois pilares do projeto visam melhorar as práticas pedagógicas do corpo docente. Isto inclui trabalhar com metodologias inovadoras, através da implementação da plataforma de ensino e aprendizagem via internet Moodle, e proporcionar aos professores, através de seminários e encontros, contato com práticas pedagógicas inovadoras. Com este intuito, os docentes puderam conferir novas tendências através do seminário Práticas Pedagógicas Inovadoras, que reuniu em outubro especialistas em educação.

A Diretoria também aposta em estimular projetos já desenvolvidos pelos departamentos através de encontros pedagógicos periódicos de apresentação e debates. O primeiro deles ocorreu em novembro e reuniu professores e chefes de departamento. Para 2015, o objetivo é que estes encontros aconteçam duas vezes a cada trimestre e os seminários com palestrantes, duas vezes ao ano.

Próximos passos

Com o final do ano letivo, será feito um levantamento para avaliar o desempenho dos alunos que participaram do Reforço Escolar e medir os resultados alcançados. “Para 2015 não vamos expandir o projeto para outras séries. Iremos melhorar o que não deu certo neste ano", afirma Jeanrenaud. Entre os pontos estão a locação do professor e o horário das aulas oferecidas para os alunos, para que sejam mais integradas com seu turno. "Essa ação vai de encontro a um projeto maior de, aos poucos, implantar no Pedro II a Educação Integral. Nesse ano, por exemplo, em dois dias da semana em todos os campi tivemos turmas do 6º ano e 1ª série com horários estendidos, da manhã até as 16h, integrando as aulas de reforço com outras atividades”, relata.

Para melhorar os entraves percebidos ao longo de 2014, a diretora aposta na maior integração entre os diversos atores envolvidos neste processo. “É preciso que o professor do reforço esteja em constante contato com o professor da turma. Também temos que envolver a coordenação pedagógica, responsável pela preparação do material didático, e o Sesop, que mantém contato com a família dos alunos em casos de faltas. E o mais importante, fazer com que o aluno entenda que as aulas são para ele e estão à sua disposição. Ele não precisa buscar um professor particular, já que a própria escola oferece essa possibilidade”, destaca.

Cronograma de implementação:

2015 - 6º ano do EF e 1ª série do EM

2016 - 6º e 7º anos do EF e 1ª e 2ª séries do EM

2017 - 6º, 7º e 8º anos do EF e 1ª e 2ª séries do EM

2018 - 6º, 7º, 8º e 9º anos do EF e 1ª e 2ª séries do EM

Coordenadoria de Comunicação Social