Sociabilidade, estereótipos e percepções: abordando a 'cultura do medo' na Sociologia da educação básica
Resumo
Neste artigo, tratarei do processo de elaboração e ministração de uma aula sobre violência urbana para alunos da terceira série do ensino médio de uma escola pública do Rio de Janeiro. A partir da noção sociológica de “Cultura do Medo”, apresentada pelo sociólogo Barry Glassner (2013), procuramos levar os alunos e alunas a uma desnaturalização de suas pré-noções a respeito da violência urbana, a partir de uma perspectiva sociológica, discutindo como o sentimento de medo, algo tão íntimo e pessoal, pode ser construído socialmente e utilizado como justificativa para ações repressivas do Estado, aumento da mercantilização da segurança privada, criação de novas configurações de ocupação do espaço urbano, produzindo, desse modo, novas formas de sociabilidade que contribuem para a segregação socioespacial e a manutenção de estereótipos sociais. Ao desenvolvermos e ministrarmos esta aula sobre a cultura do medo difundida pela mídia, verificamos o quanto esse tema pode ser proveitoso para levar os alunos e alunas a um exercício de estranhamento e desnaturalização de suas percepções sobre a violência urbana. Assim, tendo como ponto de partida o sentimento do medo, comum a todos nós, encontramos um caminho alternativo para abordar um assunto tão sensível e ao mesmo tão presente em nossa sociedade.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.33025/rps.v0i26.3076
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Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia
ISSN 1983-0076
Departamento de Sociologia - Colégio Pedro II
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